Após a coleta os insetos devem ser preparados e devidamente armazenados nas coleções. A preservação pode ser temporária ou permanente, por meio de via seca ou em líquidos apropriados. O armazenamento temporário por via seca é feito em manta entomológica ou envelope entomológico. As mantas são feitas com tiras de papel manteiga ou jornal com aproximadamente 10 cm de largura e 30 cm de comprimento. Estas tiras são cruzadas e coladas na região central. No quadrado central que se formará coloca-se uma fina camada de algodão onde os insetos serão colocados. Após dobra-se cada uma das pontas das tiras em sequência para fechar a manta. Geralmente a manta é utilizada para levar o material coletado no campo para o laboratório para posterior montagem. Os envelopes são feitos com papel manteiga ou jornal. Dobra-se o papel formando um triângulo deixando duas bordas de aproximadamente 1,5 cm, a qual fechará o envelope. São utilizados principalmente para coletas de borboletas, mariposas, libélulas e mosquitos com as pernas longas e frágeis, por exemplo, Tipulidae. Para uma coleta o ideal e fazer envelopes de vários tamanhos, pois o tamanho dos insetos é bastante variado. Alguns insetos são mantidos de forma permanente em envelopes nas coleções, como libélulas e mosquitos da família Tipulidae. Ovos, larvas, pupas e adultos também podem ser mantidos temporariamente em via líquida. Os produtos ou misturas de líquidos podem variar conforme o grupo de interesse. Normalmente é utilizado álcool etílico em concentrações variáveis dependendo de cada grupo coletado. O armazenamento permanente pode ser feito via líquidos e a seco. O armazenamento em líquidos pode durar vários anos desde que sejam realizadas manutenção, substituição ou adição dos líquidos apropriados para preservação de cada grupo de insetos. O armazenamento a seco pode ser feito diretamente em alfinetes entomológicos, através de dupla montagem ou em lâminas, para insetos com corpo mole e frágil. O alfinete entomológico deve ser inserido no lado direto do mesotórax dos insetos, ficando em um ângulo de 90° em relação ao corpo. O exemplar deve ficar cerca de 12 mm abaixo da cabeça do alfinete. Para alguns insetos pequenos pode-se colar o exemplar no alfinete, sempre respeitando a altura, o ângulo em relação ao corpo e a posição da colagem (lado direito). Os alfinetes entomológicos possuem vários tamanhos, desde muito finos a finos (000, 00, 0), os médios (1, 2, 3) e os grossos (4, 5, 6, 7). Após alfinetar o exemplar este deve ser arrumado e colocado para secar em estufa.