Coleta

Para uma coleta de insetos a estrutura do ambiente onde o coletor se propôs fazer a amostragem deve ser explorada minuciosamente, observando folhas, flores, frutos sadios, com danos e em decomposição, troncos e ramos de árvores em pé e caídos no solo, raízes, a serrapilheira, barrancos, tocas, buracos, ninhos de animais, fendas em troncos, no solo ou rochas, animais mortos, dejetos, resinas e exsudados de troncos, restos culturais em áreas de cultivo agrícola, depósito de grãos e rações entre outros. A coleta é o ponto de partida para montar uma coleção e estudar os insetos, portanto, é necessário realizar o procedimento de forma correta, com as devidas autorizações e sempre buscando manter os espécimes com todas as estruturas e em boas condições, o que facilita a identificação e outros estudos.Toda coleta deve ter um objetivo, ou seja, os insetos podem ser coletados para estudos ecológicos, biológicos, morfológicos, taxonômicos, para coleções científicas e didáticas ou também como hobby. Dependendo do propósito do coletor as coletas podem ser realizadas de forma ativa ou passiva.As coletas ativas exigem a presença do coletor, que utiliza instrumentos de coleta como redes entomológicas, aspiradores, pinças, guarda-chuva entomológico ou outros equipamentos conforme seus objetivos. As coletas passivas independem da presença do coletor, ou seja, as armadilhas coletam os insetos. As armadilhas podem ser interceptadoras de voo (Malaise, suspensa, tipo janela, Cryldé entre outras); armadilhas com atrativos biológicos, químicos ou físicos (Mcphail, Multilure, Pitfall, adesiva, tipo Delta, bandejas e pratos com cores atrativas, Van Someren-rydon ente outras); armadilha sonora (Eco Spray); armadilhas luminosas (Luiz de Queiroz, CDC) e coleta em substratos (funil de Berlese, extrator de Winkler, flotação, armadilha de emergência).Geralmente as armadilhas são instaladas em trilhas ou clareiras no interior da floresta, próximas a plantas hospedeiras, ou locais onde os insetos se deslocam com frequência e facilidade. Algumas armadilhas são muito seletivas quanto ao grupo de insetos que coletam. Portanto, para um levantamento entomofaunístico, é interessante utilizar tanto o método de coleta ativa como passiva, visando explorar distintos ambientes e amostrar exemplares de diferentes grupos de insetos e ter uma melhor representatividade da entomofauna do local estudado.
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