O tórax é a porção mediana do corpo do inseto e é dividido em três áreas distintas, protórax, mesotórax e metatórax, onde estão localizados apêndices que auxiliam na movimentação. Este tagma geralmente é robusto e bem esclerosado por abrigar a musculatura das pernas e asas. Em cada segmento são encontrados um par de pernas e usualmente um par de asas. As asas anteriores são encontradas conectadas no mesotórax e as asas posteriores conectadas no metatórax, geralmente dois pares, ou um par de asas e um par de halteres (ordem Diptera), ou ainda, sem asas (ápteros), como no caso de insetos primitivos, alguns grupos de ectoparasitas de aves e mamíferos (pulgas, piolhos), formas imaturas (ninfas) e várias espécies de diferentes ordens, principalmente adaptadas a ambientes de extrema altitude, ilhas oceânicas e latitudes elevadas. A asa constitui-se de uma lâmina membranosa sustentada por um conjunto de veias alares longitudinais, as quais são reforçadas por veias transversais. As áreas membranosas delimitadas pelas veias são denominadas de células. A venação e as células possuem denominação específica e a disposição e coloração nas asas é muito utilizada para delimitação dos grupos de insetos. Quanto a classificação, as asas podem ser do tipo membranosa, mais comum e presente na maioria dos insetos. Estas asas podem ser totalmente cobertas por pelos, escamas ou serem lisas. As tégminas ou asas pergaminosas são modificações na textura das asas anteriores de alguns grupos (como gafanhotos e baratas) tendo um aspecto coriáceo. O hemiélitro é o tipo de asas encontrado nos percevejos e barbeiros, com a parte basal coriácea e a parte distal membranosa. As asas do tipo élitro ocorrem principalmente em besouros, não se sobrepõem e formam a sutura elitral, não auxiliam no voo, tendo somente função de proteção, podendo estar reduzido em alguns grupos (braquípteros). Os balancins ou halteres podem ser encontrados nos dípteros (moscas e mosquitos) e são caracterizados pela forte redução das asas posteriores, auxiliando no equilíbrio durante o voo. Em machos da ordem Strepsiptera esta redução ocorre nas asas anteriores e levam o nome de pseudo-halteres. As asas do tipo franjadas, providas de pelos em suas bordas acontecem na ordem Thysanoptera (tripes).As pernas podem ser classificadas em protorácicas (anteriores), mesotorácicas (medianas) e metatorácicas (posteriores). Cada perna articula-se diretamente com o esclerito pleural e é subdividida em cinco artículos: coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarso. Este último pode ser dividido em unidades menores denominadas tarsômeros. No tarsômero apical estão as garras tarsais, um arólio mediano e os pulvilos. De acordo com o tipo de função, as pernas podem ser classificadas como cursorial (barata), saltatória (gafanhoto), fossorial (paquinha, rola-bosta), natatória (besouros, barata-da-água), raptorial (louva-a-deus, moscas, percevejos), coletora (abelha) e preensora (barata-da-água).
